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Autonomia como essência para o crescimento

set 29, 2021 7 MIN LEITURA Zarathon Viana

Zarathon Viana, Gerente de Engenharia de Software na Wildlife, fala sobre como a autonomia o permitiu aprender com erros e construir uma grande equipe


“Autonomia para fazer o que se bem entende” pode ser algo bastante desejado quando não se tem, mas assustador quando esse poder é dado em suas mãos (“Tio Ben estava certo o tempo todo”, já dizia o Homem-Aranha). No último ano, recebi pela primeira vez na vida esse bastão e vou te contar como saí do medo para algo incrível.

Antes de seguirmos, deixa eu me apresentar: Olá, eu sou o Zara. Na verdade, meu nome é Zarathon, mas quase ninguém me chama assim, talvez apenas minha mãe e minha esposa quando estão bravas comigo. Trabalho com software há pelo menos 17 anos, sendo os últimos sete dedicados à gestão de times de engenharia de software.

E, pasmem, ao longo da minha carreira, nunca tive uma experiência de total autonomia como eu tenho aqui na Wildlife Studios.

Vem comigo que vou te contar mais detalhes.

Mas, antes, vamos falar um pouco sobre essa palavra tão pequena, mas com tanto significado. A origem da palavra “autonomia” em português vem do francês, autonomie. Esta, por sua vez, é derivada de duas outras palavras do grego: “autós”, que significa “próprio, si mesmo”; e “nomos”, que tem o significado de “nomes”, porém, pode ser traduzido como “normas” ou “regras”. 

Em outras palavras, a autonomia pode ser entendida como “faça suas próprias regras”. E foi exatamente isso que eu recebi no dia em que me fizeram a oferta aqui na Wildlife: uma página em branco que seria o começo de uma nova área que precisava ser planejada e desenvolvida do zero, para que no final gerasse resultado (e, claro, como a gente sempre diz, impactasse bilhões de usuários).

No primeiro momento vem aquele medo de falhar, aquela ansiedade de “será que vou conseguir?”.  Com um pouco de sorte e muito trabalho, as coisas correram bem e essa tem sido uma jornada bem bacana, mas boa parte disso só foi possível porque a Wildlife Studios me deu – além de autonomia – o suporte necessário para que isso fosse algo tangível e possível de ser atingido.

Cheguei na empresa nos primeiros dias da pandemia: o modelo de trabalho remoto ainda estava sendo implantado e era um ambiente de extrema incerteza. Por outro lado, este tempero foi a cereja do bolo para tornar esse capítulo da minha (e da nossa) vida (aqui na Wild) ainda mais desafiador, mas eu adoro desafios, então achei tudo ótimo. 

No início, eram quatro engenheiros e apenas um time, construindo uma prova de conceito para o que hoje se tornou a plataforma de monetização da empresa. Meu primeiro desafio foi pensar em como me conectar com essas pessoas, esses quatro engenheiros que eu nunca havia visto e que agora estavam reportando para mim. Nesse momento, veio de novo aquela autossabotagem que já falamos aqui: um sentimento de insegurança, do tipo que te faz pensar “se eu falhar, eu levo tudo isso para o chão”.

Mas, esse sentimento, por sorte, não ficou por muito tempo, já que logo vi que poderia fazer a diferença aplicando os modelos de gestão que eu achasse que trariam resultados. E assim o fiz! Sem muitos pormenores, eu rapidamente estabeleci práticas que me fizessem ficar mais próximo das pessoas e direcioná-las para os objetivos.

Ter a autonomia para fazer uma transformação dessa magnitude, logo nos primeiros dias, me fez perceber que aqui era o lugar onde eu poderia errar e aprender, e isso foi libertador.

A autonomia me trouxe um sentimento de autoconfiança que há tempos não encontrava, me dando coragem para enfrentar os desafios que surgiriam pela frente (spoiler: eles chegaram). Depois das primeiras entregas, os resultados vieram e, na sequência, um implícito pedido: “precisamos aumentar nosso time e precisamos criar mais times”.

Missão dada é missão cumprida: coloquei minha autonomia mais uma vez à prova. Me reuni com o time de recrutamento e juntos montamos uma estratégia para trazer um certo número de engenheiros em pouco tempo. Mais uma vez, estar confiante de que o erro é uma ferramenta de aprendizado foi o que nos libertou e motivou a fazer um processo seletivo de uma maneira eficaz, e com o objetivo concluído (ou seja, mais uma entrega e caso de sucesso).

A área de recrutamento encarou vários desafios, afinal, estávamos passando por um período muito delicado e nunca antes enfrentado nesse contexto (a atual pandemia), mas ter autonomia nos livrou das amarras burocráticas e nos fez focar no que realmente importa. Em três meses, contratamos mais de 12 engenheiros e chegamos ao final de 2020 com três times rodando.

O time de Talent Acquisition também cresceu e aprendeu com esse desafio. Era preciso ter mais braços e mais agilidade para suprir a demanda de contratação no tempo estipulado. Entendemos que, com mais autonomia e menos burocracia, estávamos ganhando velocidade nos processos de contratação e tomada de decisões. Aqui podemos enxergar claramente um de nossos valores (We Think Big) que nos permite ver além e pensar fora da caixa.

No começo, além de pensar em reestruturação processual, recrutadores e hiring managers também precisaram construir, estabelecer e fortalecer uma parceria – pois todo esse ambiente ainda era novidade – e mais uma vez colocamos nossos valores e autonomia em prática para, juntos, atingirmos mais um objetivo com sucesso. A fórmula mágica desse sucesso deu-se justamente à confiança que foi depositada nos recrutadores, ou seja: a autonomia para tocar o processo seletivo da melhor forma, e a liberdade para acessar os stakeholders sempre que necessário.

Do mesmo jeito que tenho autonomia enquanto gestor para trabalhar, aprendi a dar essa mesma autonomia aos meus liderados. É engraçado como as pessoas reagem a esse poder de diferentes maneiras, mas é comum o medo inicial. Como aprendi à minha maneira, precisei criar mecanismos que me ajudassem e também me fizessem ensinar outras pessoas a como lidar com essa autonomia do dia a dia dos times, e o resultado disso é enriquecedor. Atualmente temos times que são donos da própria história, que criaram um ambiente psicologicamente seguro para errar e aprender com seus erros, onde não existe a cultura do medo, mas sim uma cultura de engajamento. 

We care for each other“, “We are committed” e “We are fast” são alguns dos valores da nossa cultura que são vividos e refletem no dia a dia desses times (e de todos na Wildlife).

Não há ressentimentos e sim sentimentos positivos, são esses que nutrem a motivação das pessoas em quererem continuar trabalhando em prol dos resultados que elas entregam e do impacto que causam.  Ter autonomia gera confiança e dá-la aos times resulta em motivação. Um time de pessoas motivadas e engajadas é a fórmula para todo e qualquer resultado positivo.

Estamos longe de chegarmos no nosso objetivo final, mas sei que a chave do sucesso para os próximos desafios certamente é a autonomia, seja para meus propósitos ou para passar para as outras pessoas.

Careers, Wilders, Wildlife set 29, 2021 Zarathon Viana