Meus 100 Dias na Wildlife: liberdade de criar e potencial ilimitado
out 20, 2020 8 MIN LEITURA
O Artista de Playables Sênior Pedro Estaiano Júnior escreve sobre os desafios de tornar a Wildlife uma referência mundial na criação de publicidade jogável em 3D..
Atuar numa área bem nova no mercado de games, como a de playables (anúncios jogáveis que te permitem ter um gostinho do jogo antes mesmo de baixá-lo), sem ter tantas referências desse segmento é um grande desafio. Então imagine como é liderar uma equipe de playables dentro da Wildlife, que almeja ser uma liderança mundial na produção desses anúncios?
Meu nome é Pedro Estaiano Júnior e estou há um pouco mais de 100 dias na Wildlife. Meu trabalho, como já adiantei, é liderar a parte artística do time de Playables com uma grande missão: garantir a qualidade visual da publicidade interativa dos nossos jogos.
Mas antes de mergulhar nesse universo – que meus amigos chamam de “mágico”, por conseguirmos criar um jogo dentro de um anúncio – quero contar como cheguei até aqui.
PAIXÃO POR ANIMAÇÃO 3D E JOGOS
Eu nasci e fui criado em São Mateus, um bairro da Zona Leste de São Paulo. Terminei um curso tecnólogo recentemente (em 2017) em Produção Audiovisual pela Faculdade Melies, especializada em Cinema, 3D e Animação. Foram dois anos de curso (fora os cursos que fiz antes disso), mas no primeiro ano, em 2011, eu já comecei a trabalhar na área de animação, por indicação da própria escola.
Meu primeiro desafio na carreira foi como Artista 3D num simulador naval para a Universidade de São Paulo (USP). Essa foi, inclusive, minha primeira experiência com games – e eu criava artes para navios e cidades neste simulador 3D. Fiquei dois anos neste projeto, e depois tive a oportunidade de trabalhar com aplicativos de games, numa empresa chamada Studica Solution. Cresci muito profissionalmente neste período por lá, de 2016 a 2018.
Foi aí que decidi mudar um pouco os ares e, já com cinco anos de carreira, resolvi trabalhar com filmes e seriados na Quanta Post, inclusive com produções da Netflix e HBO. Eu passei por muitas áreas até então: seriados, filmes e games – uma das minhas grandes paixões.
A Wildlife cruzou o meu caminho no meio da pandemia. Minha esposa já trabalha na empresa há dois anos, então eu já sabia o que era “ser Wilder”, mas assim que abriu uma vaga na minha área eu decidi arriscar, e deu muito certo.
COMO É TRABALHAR COM PLAYABLES NA WILDLIFE
Se você costuma pesquisar por games nas redes sociais, por exemplo, muito provavelmente já passou por alguma propaganda jogável que te convida a experimentar um pouco do jogo antes de te convidar a baixar o app. Pois bem, aqui Wildlife nós fazemos esses playables, e fazemos como ninguém.
If you usually search for games on social media, for example, you’ve probably seen some playable advertising that invites you to give the game a try before inviting you to download the app. Well, here at Wildlife we make those playables, and we make them like no one else.
Playables 3D é algo muito novo no mercado de games mobile. Na maioria das vezes ele é apenas 2D, mas aqui na Wildlife conseguimos fazer o 3D com cada vez mais qualidade.
Meu desafio, quando entrei na empresa, foi elevar a qualidade da arte dos nossos playables ao máximo possível. Minha experiência prévia com jogos, simuladores e filmes tem me ajudado bastante nesta tarefa.
Playables precisam de muita otimização. E o desafio é enorme: precisamos criar uma publicidade interativa, com arte 3D de qualidade e ainda ser jogável, com até 2 megabytes, para não comprometer o carregamento em smartphones ou tablets mais modestos, por exemplo.
Tecnicamente, eu estou melhorando muito na parte de otimização para poder deixar mais bonito (e divertido) algo que tem que ser tão pequeno. Isso é um treino diário de desenvolvimento, tanto para mim quanto para as pessoas que trabalham comigo. Trocamos muita informação, já que fazemos muitos testes.
Procuramos trazer técnicas novas que nunca foram usadas antes em playables também. O desafio dos próximos meses é continuar esse desenvolvimento dos playables, testar e levar para o usuário a melhor experiência possível ou mudar o rumo e tentar uma nova estratégia.
Por isso estamos nessa parte de desenvolvimento de criação de melhorias. Nosso objetivo é se consolidar como a melhor empresa do mundo na criação de playables. Eu acho que já somos um dos melhores, senão os melhores em criar essa porta de entrada para novos jogadores se divertirem com nossos games.
OS DESAFIOS DO TRABALHO REMOTO NA PANDEMIA
Como comecei a minha jornada na Wildlife no meio da pandemia, não tive a oportunidade (ainda) de ver meus colegas de trabalho pessoalmente, então a minha equipe eu só conheço virtualmente. Mesmo assim, eu já me sinto com muita sorte de trabalhar com esse time.
Todos nos divertimos, jogamos, trabalhamos muito e somos muito companheiros um dos outros. Se você precisa de ajuda tem sempre uma pessoa que vai te ajudar. Eu entrei para liderar duas pessoas que já estavam na empresa e, mesmo assim, elas foram muito receptivas.
A adaptação à nova rotina foi um pouco difícil nos primeiros meses, mas eu tive todo o suporte possível tanto do meu gerente quanto dos meus colegas. Não há outra empresa ou outra equipe que faça exatamente o que a gente faz com playables 3D, então havia essa pressão no começo para conseguir trazer projetos e ideias.
As pessoas na Wildlife te dão chance para fazer o que você acha legal e eu consegui, assim, pôr em prática as ideias que queria e consegui melhorar muitos processos na minha área.
Acredito que existem dois aspectos especialmente difíceis desse período de isolamento social: entrar numa nova empresa e conseguir se localizar nela. No meu caso, em específico, acrescento também o fato de eu nunca ter trabalhado numa empresa com uma estrutura tão grande quanto a da Wildlife.
Tive que aprender muita coisa, logo de cara, e não estar no local físico de trabalho foi um pouco complicado para mim. Mas, ao mesmo tempo, foi uma experiência bem singular. Sinto que quando pudermos voltar ao escritório será basicamente como um novo começo, como um novo “primeiro dia de trabalho”.
O QUE É SER WILDER PARA MIM
Eu brinco que meu maior talento é ser chato. Eu não consigo ver uma coisa que não está certa e ficar quieto. Eu quero sempre fazer o melhor possível. Acho que isso para mim é bem o que é se sentir um Wilder; é estar sempre buscando soluções para melhorar ainda mais a qualidade do produto. Está bom? Está. Mas pode sempre ficar ainda melhor!
Mas além de buscar sempre fazer o seu melhor dentro da área que foi contratado, ser um Wilder é também trabalhar em equipe. Eu gosto muito de ajudar, de ensinar. Se alguém precisar de ajuda, e seu eu puder ajudar, pode me chamar. Não precisa ter receio de que possa me atrapalhar.
Quando eu cheguei, por exemplo, os juniores da minha equipe nunca haviam tido a oportunidade de trabalhar com games antes. Eu fico muito feliz de ensinar as coisas que sei para eles e ver a evolução deles também. Eles são muito receptivos em receber minhas críticas e minhas opiniões.
Acho que ser um Wilder seja exatamente isso. Trabalhar numa equipe que está aberta a novos conhecimentos. Eu estou aqui para adicionar e quero que meu time também adicione a mim.
Aqui na Wildlife, se você quiser fazer eles realmente te dão a oportunidade. As pessoas são muito abertas a novas ideias. Meu gerente me disse uma vez: “eu não entendo nada de arte. Eu sou engenheiro e, por isso, quero seus pontos de vista”.
O conhecimento da Wildlife é formado por pessoas diferentes que trazem novas experiências e compartilham essas ideias com as outras.
PARA QUEM ESTÁ CHEGANDO (OU QUER CHEGAR) NA WILDLIFE
Acho que todo o início de um novo trabalho é uma enxurrada de novas informações – comigo não foi diferente por aqui. Tive de mergulhar em novos processos, mas apesar de suado, esse processo foi necessário para realmente me sentir em casa na Wildlife. Os nossos rituais e reuniões, aliás, também são essenciais nessa adaptação.
Se você está chegando agora, tenha calma: aos poucos, você entenderá melhor como sua equipe funciona. Além disso, posso dizer que aqui as pessoas te mimam bastante! Você pisca e há uma festa virtual para participar, uma Hackathon para participar…
Hoje posso dizer que a Wildlife já parecia interessante de fora, mas aqui dentro o cenário é ainda melhor. Que venham os próximos meses!