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Meus primeiros 100 dias na Wildlife: a cultura se constrói também através das telas

out 07, 2021 7 MIN LEITURA Juliana Protásio

Lucas Vieira, Associate Culture Coordinator na Wildlife, fala do apelo da criatividade na hora de criar experiências que fortalecem a cultura interna.


Há cerca de 100 dias, ao se juntar aos mais de 1000 Wilders, Lucas Vieira passou por um momento ao melhor estilo Inception, o filme com Leonardo DiCaprio onde os personagens vivem sonhos dentro de sonhos: a experiência de onboarding de novos colaboradores. Afinal, como integrante do time de People Experience, uma de suas atribuições é justamente desenvolver iniciativas e processos que conectam as pessoas à cultura da Wildlife desde os seus primeiros passos na empresa.

Com uma trajetória que uniu a formação como desenvolvedor de software e a experiência em produção de eventos culturais, Lucas é um gamer que conquistou a oportunidade de trabalhar numa indústria que admira desde quando era apenas um adolescente. Depois de iniciar uma carreira como desenvolvedor de softwares para empresas de setores diversos, se deu conta de que suas habilidades analíticas e conhecimento técnico poderiam ser utilizados de outras formas.

“Trabalhei como programador em um momento em que era um papel muito solitário. Sempre gostei de pessoas e sentia falta de interação, de poder transformar a experiência dos colegas de alguma forma”.

Somado a isso, a pressão de um ambiente agressivo gerou um burnout, que levou Lucas a uma reviravolta pessoal e profissional. Foi aí que ele acabou se juntando a um grupo de teatro e começou a explorar seu lado mais criativo, além de potencializar suas habilidades interpessoais.

Vida de artista

Essa renovação rendeu quatro anos de trabalho em uma área completamente diferente e convivência intensa com artistas. “Focar nos aspectos subjetivos e trabalhar tão próximo das pessoas recuperou minha saúde física e mental. Além de ter trazido muito aprendizado”, afirma. A partir desta experiência, partiu para o meio de produção audiovisual, no qual teve a oportunidade de aliar domínio técnico e paixão por tecnologia ao universo criativo.

As portas para a produção cultural foram abertas: Lucas passou a produzir shows, eventos e festivais. Essa trajetória o levou a atuar na área de eventos de uma startup. Foi um momento de descoberta, em que Lucas trabalhou em um time autônomo, que cresceu e passou a produzir ações em parceria com os times de Cultura e Employer Branding da empresa. 

Ele recorda que foi uma experiência marcante, pois teve a oportunidade de trabalhar com as bases de cultura da empresa. “Passei a olhar para o calendário de datas comemorativas com olhar estratégico e carinhoso, focar nas ações de impacto social, além de ter a oportunidade de participar das iniciativas de diversidade e inclusão.”, revela.

Entrada na atmosfera Wilder

Então veio 2020 e, como ele mesmo define, a necessidade de se reinventar diante do cenário que mudou radicalmente devido à pandemia. Assim, foi passar um tempo no interior para renovar as energias e, no momento em que decidiu voltar a São Paulo e se recolocar no mercado corporativo, acabou descobrindo a Wildlife.

Lucas procurava vagas que fizessem realmente sentido, buscando um ambiente com o qual tivesse identificação. “Ainda não conhecia a empresa, mas jogava os jogos da Wild. Dez anos depois de iniciar minha carreira, o peso simbólico de uma oportunidade na área de games foi um chamado”. Desde a primeira entrevista, ele conta que a afinidade foi imediata e, com olhar aguçado sobre a cultura corporativa, achou a mecânica do processo seletivo interessante.

Vieira então assumiu a vaga de Associate Culture Coordinator,  junto ao time responsável por desenvolver a melhor experiência para os Wilders, desde os primeiros contatos, passando pelo onboarding, comunicados internos e outros checkpoints entre colaboradores e a empresa, como experiências e swags, iniciando pelo foco no revamp do Onboarding do time brasileiro da Wildlife.

A área em que Lucas está tem uma ótica tão privilegiada quanto desafiadora: que analisa e propõe soluções tanto pelo viés da empresa, quanto do ponto de vista dos funcionários. A Wildlife, por seu porte e atuação internacional, tem um grande volume de informações que precisam ser transmitidas para a equipe de forma eficiente no sentido de disseminar e fortalecer a cultura interna. 

Segundo Lucas, é importante fazer isso de maneira consistente desde a primeira etapa, ao mesmo tempo criando espaços para que cada indivíduo tenha autonomia para ligar os pontos e traçar sua própria jornada de aprendizado. 

Em seu caso, ele conta que esta foi a primeira vez que entrou em uma empresa diretamente no modelo de trabalho remoto. “Foi algo que me assustou um pouco no começo, afinal é inevitável que se perca algo daquilo que o contato presencial proporciona. A cultura se constrói nos corredores, mas estamos nos reinventando para construir também através das telas. Todo o time tem uma relação aberta, bastante complementar e com a qual me identifico, o famoso ‘Vamos juntos!’ ”.

Para ele, a dinâmica remota muda as definições de impacto.

“Reunir muita gente em um mesmo lugar traz um clima mais comunitário. Mesmo com dezenas de pessoas, em um encontro online é difícil transmitir isto. O desafio é encontrar outras maneiras de criar uma sensação semelhante, para que cada um se sinta parte”.

Por outro lado, ele acredita que o trabalho à distância possibilita trazer os melhores talentos de todos os lugares, atravessando os limites geográficos. 

O futuro é diverso

Lucas acredita que diversidade, impacto social e saúde mental se transformaram em core business no mercado, e são os coringas que vão continuar sendo o diferencial das organizações ao longo da próxima década. “Essa mudança é uma demanda das pessoas por qualidade de vida e as empresas perdem investimento a cada vez que um talento vai embora. Um alto turnover é ruim não só para a imagem, mas para os negócios”.

Em sua opinião, em uma organização na qual o fator criativo é central como a Wildlife, diversidade é a base para trazer grandes soluções. Alta performance está no DNA da empresa, que busca adaptar sua estrutura e investir no desenvolvimento das pessoas, fazendo uso assertivo dos recursos e oferecendo uma compensação acima da média de mercado, por exemplo.

“Acredito que cheguei na empresa em um momento estratégico, em que trabalhar questões de D&I e qualidade de vida tem um papel fundamental aqui e no mundo”. Além disso, segundo ele, a Wildlife tem interesse e conta com recursos e condições favoráveis para desenvolver iniciativas nesta direção.

Uma das vantagens da Wildlife, segundo Lucas, é o fato de que já existe um alicerce de confiança e a comunidade se sente confortável para demandar por meio da crítica construtiva. “Começar isso do zero é muito complicado. Aqui já temos uma comunidade participativa e demandante, também reflexo dos grupos de afinidade, que permitem que os Wilders se organizem e que as pessoas se sintam menos ‘colaboradores’ e mais humanos”, conclui.

Procurar maneiras criativas e impactantes para  atender a essas necessidades e contribuir para que o time cresça engajado e com satisfação é algo que faz os olhos de Lucas brilharem.

“As ideias já estão aqui, na comunidade, o que precisamos fazer é organizar, implementar e acompanhar os resultados. Podemos não ter todas as respostas, mas quando estamos cercados de vontade e de pessoas empenhadas com um objetivo em comum, é algo que nos motiva e dá esperança de que é possível chegar lá.”

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