“A inquietude é o que nos mantém motivados e nos estimula a crescer”
jun 01, 2020 7 MIN LEITURA
Conheça a trajetória de Rafael “Feld” Feldberg, Business Development Manager na Wildlife e atleta campeão de rugby.
Não há como falar da carreira de Rafael Feldberg, Business Development Manager na Wildlife, sem destacar o papel que o esporte desempenha em sua vida. Feld, como é conhecido por colegas e amigos, leva ao pé da letra a máxima “mente sã em corpo são” e encara seus desafios profissionais e pessoais com foco e disciplina de atleta.
Ele está na Wildlife há oito anos, tem papel ativo no crescimento da empresa e conta que a prática esportiva, em especial o rugby, ajudou no desenvolvimento de sua habilidade de trabalhar em equipe. “No rugby, somos 15 pessoas em campo. É preciso que cada uma entenda sua função no jogo e que o apoio seja mútuo. Caso contrário, o resultado esperado não acontece”, diz.
ENCONTROS IMPORTANTES
Para entender a história do Feld, precisamos recuar no tempo. Em 2005, ao ingressar no curso de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), então com 18 anos, ele teve dois encontros importantes. Primeiro com o esporte, ao decidir fazer parte do time de rugby da escola que, naquela época, já tinha uma longa tradição, tendo conquistado títulos estaduais nas décadas de 80 e 90. Feld foi um dos responsáveis pelo que ele considera a recriação do time.
“Joguei como segunda linha durante os meus cinco anos de faculdade. Depois da graduação, atuei ao lado de outros alunos e ex-alunos para preparar um time que pudesse competir em campeonatos não apenas universitários, mas nacionais”, conta. A Associação Politécnica de Rugby mantém o nome vinculado à faculdade, mas é hoje um clube aberto a qualquer jogador.
Feld atuou como diretor financeiro do time e jogador até 2017, quando conquistou o campeonato paulista de rugby da série A. Modesto, Feld afirma que deixou o time “por estar mais velho e para dar espaço para novos jogadores”, mas segue dando suporte financeiro e atuando como conselheiro.
O segundo encontro importante de Feld também aconteceu na Escola Politécnica e ajudou a pavimentar sua estrada até a Wildlife. “Durante o curso, fui da sala do Rafael Garib, diretor de Game Development Engineering, e fomos da mesma turma do Victor Lazarte, cofundador da Wildlife, que eu já conhecia desde a oitava série”, diz. No começo de 2012, enquanto tomavam uma cerveja juntos, Victor explicou que havia contratado aproximadamente 15 pessoas para atuarem no desenvolvimento de games para celular e convidou Feld para integrar o time. “Entenda que eram tempos bem diferentes e o nosso processo de entrevista de emprego evoluiu muito desde então”, diverte-se.
DE VOLTA À PROGRAMAÇÃO
Ainda durante a faculdade, Feld iniciou a carreira profissional na multinacional Oracle, especializada no desenvolvimento de banco de dados, e, depois da graduação, em 2009, trabalhou por dois anos como consultor da BExpert, empresa focada na implementação de ferramentas de CRM.
Ao ser convidado por Victor para embarcar na aventura da Wildlife, Feld jogou aberto: deixou claro que já não trabalhava com programação há algum tempo e que, caso isso não fosse um problema, precisaria ainda de outra coisa para aceitar a oferta. “Fui muito franco e disse que precisava de um salário que, pelo menos, me ajudasse a pagar o aluguel, pois eu tinha acabado de sair da casa dos meus pais”. Com tudo acertado, Feld iniciou como programador da Wildlife em abril de 2012.
Como é comum acontecer, o gosto dele pela tecnologia teve sua dose de influência dos pais, já que os dois atuaram na função de analista de sistemas. Os games, é claro, também sempre fizeram parte da vida de Feld. “Quando pequeno, eu tinha um Master System, que jogava com o meu pai. Na adolescência, tive um Nintendo 64 e esse foi o console mais marcante. Quando recebi o convite do Victor, ainda não era muito familiarizado com os games para mobile, até porque era algo muito novo no mercado. Eu gostava de uns jogos disponibilizados pelo Facebook, especialmente um RPG chamado Mafia Wars”, lembra.
GAMES: DE PASSATEMPO A DESAFIO PROFISSIONAL
Feld permaneceu aproximadamente três anos como desenvolvedor, dividindo com o outro cofundador da Wildlife, Arthur Lazarte, o papel de product manager. “Foi mega desafiante! Desenvolvia e desenhava o projeto do jogo. Na época, o time de artistas atuava em vários jogos ao mesmo tempo. Além disso, tive que reaprender a programar e, ainda, a dominar a linguagem do celular”. Depois desse período, ele passou para a área de Marketing da companhia, cuidando especificamente da monetização com anúncios nos jogos.
Novamente, Feld teve que encarar um desafio inédito. Ele conta:
“Hoje, a área de Marketing conta com cerca de 150 profissionais, mas, quando cheguei, havia apenas mais uma pessoa além de mim. O jeito era correr atrás do conhecimento necessário para fazer o trabalho caminhar. Entrei de cabeça nas pesquisas e conversas com pessoas que entendiam do assunto.”
Sobre o aprendizado com as pessoas, Feld faz questão de destacar a oportunidade oferecida pela Wildlife de trabalhar com colegas que são, nas palavras dele, as pessoas mais brilhantes que já conheceu na vida. “Ao longo desses anos, o Victor e o Arthur trouxeram pessoas incríveis para o time. Nessa troca diária, consegui adquirir o conhecimento que precisava para realizar novas atividades”, diz.
Desde outubro de 2018, Feld atua como gerente de desenvolvimento de negócios, cuidando do relacionamento da Wildlife com suas principais plataformas e com os maiores parceiros, Google e Apple.
Em todas as funções que desempenhou, Feld reconhece que sua capacidade de trabalhar bem em equipe foi um trunfo. Ele atribui o amadurecimento dessa característica à prática esportiva, que trouxe também outros aprendizados:
“Acho que o esporte nos ensina a lidar bem com frustrações. Derrotas fazem parte do percurso e trazem ensinamentos valiosos. Tenho orgulho do portfólio de jogos da Wildlife. Tivemos alguns que não deram certo. Aprendemos com os erros e seguimos em frente.”
Segundo ele, a recompensa desse esforço é, sobretudo, ver o impacto que o seu trabalho tem. “Um jogo alcança milhões de pessoas. Nessa conquista, há um pouco do esforço de todos. É algo muito recompensador.”
PREPARING FOR THE FUTURE
Mesmo admitindo que não é o tipo de pessoa que cria muitas expectativas quanto ao futuro, Feld destaca que segue cuidando da cabeça e do corpo para, lá na frente, estar bem consigo mesmo. “Considero que minha ambição profissional se mescla hoje aos objetivos da Wildlife. Estou aqui para ajudar a empresa a alcançar o próximo degrau. O que espero é depois olhar para trás e estar confortável com as escolhas que fiz.”
Para se inspirar, ele recorre à leitura. Atualmente, clássicos como Uma Breve História do Tempo, de Stephen Hawking, e The Black Swan, do ensaísta libanês Nassim Nicholas Taleb, têm ocupado suas horas vagas. Nos games, confessa sua predileção pelo Zooba, mesmo tendo sido um jogador assíduo do Sniper 3D e do Bike Race.
E a atividade física? “Faço crossfit há cinco anos e corro. Recentemente, retomei a prática de ioga, graças a uma iniciativa da Wildlife, que ofereceu atividades online para esses tempos de isolamento social”, conta. Ele revela que todo esse preparo serve também para se manter inquieto.
“Acho que a inquietude é o que nos mantém motivados e nos estimula a crescer. A Wildlife valoriza essas características, por isso reúne em seu time pessoas que estão sempre curiosas e que têm vontade de aprender.”