Renata Carriel, UX Designer Lead na Wildlife, apresenta os desafios de proporcionar uma experiência engajadora em uma indústria altamente dinâmica.
A competitividade nos jogos mobile não se restringe ao espírito dos jogadores. A própria indústria tem se tornado cada vez mais competitiva, com milhões de jogos nas lojas de aplicativos, um cenário onde chamar atenção é um desafio e continuar a ser relevante pode custar caro. É neste contexto que LiveOps cresce como diferencial para o negócio dos estúdios de jogos, algo que tem profunda sinergia com a visão da Wildlife.
Ao longo da história, o ciclo de vida e a escalabilidade dos jogos para dispositivos móveis evoluíram com mecânicas de jogo mais sofisticadas e métodos de engajamento com os jogadores para assegurar sua continuidade na preferência do público.
Assim, o que nasceu como uma forma de corrigir bugs sem a necessidade de lançar uma nova versão do jogo, evoluiu para um produto complexo, focado em melhorar a experiência dos usuários, gerando engajamento e, consequentemente, ampliando a receita. Atualmente, LiveOps pode ser resumido como a capacidade de personalizar e ajustar a experiência de um jogo, com base no feedback em tempo real recebido de quem está jogando.
Na Wildlife, LiveOps foi ganhando espaço e importância nos últimos dois anos, com um time de UX designers que hoje é liderado por Renata Carriel, especialista em UX/UI Design e Digital Product Design, que nos contou mais sobre a complexa e fascinante missão que divide diariamente com sua crescente tropa de designers.
Uma semente para o futuro
Carriel lembra que começou em LiveOps quando tudo ainda era bastante embrionário, com cinco designers, todos com alguma experiência, mas com menos de um ano atuando na Wildlife. Logo o produto foi aumentando e ganhando cada vez mais squads.
“Foi a primeira vez que vi um time crescendo daquela forma e tive a oportunidade de participar do processo de contratação das pessoas. É um produto novo e desafiador para os designers, por isso é necessário encontrar um perfil de profissional que ainda está crescendo no mercado e que no fim tem muita influência no desenvolvimento do produto”.
Ao ganhar escala, logo foi necessário ter alguém cuidando verticalmente da unidade das entregas, e assim ela foi promovida a líder do produto. Hoje, é Carriel quem centraliza a visão geral e dá suporte a outros UX designers em LiveOps para manter a consistência no crescimento e familiaridade do produto para o usuário.
Um desafio muito estimulante da área é justamente o fato de ser um mercado bastante novo.
“Ter entrado no começo da estruturação da área e evoluído junto com ela é inspirador e mostra como a Wildlife tem espaço para o crescimento das pessoas. Isso me possibilitou conquistar uma nova posição e hoje fico muito feliz por também poder apoiar o crescimento de profissionais incríveis”.
A área e o produto andam na mesma direção da companhia, por isso Carriel pensa em como fazer o time crescer de maneira estratégica, assim como transmitir aos colegas a perspectiva de futuro da empresa. “Todos precisam entender quais são os resultados esperados, como vamos alcançá-los, quais são as ferramentas e habilidades necessárias para isso. Meu papel é preparar o terreno para conseguirmos fazer o trabalho no dia a dia”, resume.
LiveOps e UX Design de mãos dadas
Uma vez no mercado, um jogo mobile tem diversas etapas de crescimento, assim vai conquistando cada vez mais maturidade e aderência com seus públicos. Para que isso ocorra, é necessário as pessoas que jogam engajadas e motivadas a consumir os recursos oferecidos, gerando receita.
Assim, o time de LiveOps realiza pesquisas, formula e valida hipóteses, que resultam em novas funcionalidades para gerenciar eventos no jogo, calibrar o conteúdo, criar e testar ofertas. “É um produto importante, que precisa ser de fácil manuseio e intuitivo, demandando menor esforço do time de engenharia para implementação, deixando espaço para focar em inovação e no desenvolvimento de outros produtos”, explica Renata.
Na Wildlife, profissionais de UX têm espaço para estudar e propor novas soluções, envolvendo diferentes times e os recursos essenciais para implementá-las.
“Todo mundo é responsável pelo produto. Temos uma autonomia e uma cultura de ownership que são fundamentais para ver o que tem potencial de melhoria, agregar ideias e trazer feedback, tudo isso ajuda a aumentar a régua de qualidade em tudo que fazemos”.
Semanalmente todos os designers se reúnem para trazer um panorama dos projetos em que estão trabalhando. Além de possibilitar ter uma visão geral, esta dinâmica cria espaço para a colaboração, para que os colegas possam comentar os trabalhos dos outros e criar uma base comum para troca de funcionalidades e desenvolvimento de ferramentas.
Carriel diz com entusiasmo que o time, que vem sendo estruturado há apenas dois anos, está em um momento em que UX designers estão muito presentes nos produtos da Wildlfe.
“Um dos nossos trabalhos é evangelizar as outras áreas sobre a relevância de UX, mostrar os resultados que conseguimos alcançar. Hoje outros times já demandam dos UX designers, expandindo nossa participação horizontalmente para outros produtos”.
Manter designers e produtos integrados não é fácil, mas para isso a liderança e os squads contam com documentação, processos e rituais constantes, de modo que a estratégia esteja sempre azeitada. “Temos atividades como o Café com Design, para falar de processos e o Pair Design, em que um designer acompanha o trabalho que está sendo tocado por um colega, dando feedbacks e sugestões. São mecanismos de aprendizado mútuo”.
E qual o impacto de tudo isso sobre os produtos? “Primeiro, o foco é tirar os projetos do papel, depois é ir sempre aumentando a qualidade. Há uma evolução de usabilidade”. A atuação de UX designers no ecossistema de LiveOps, portanto, não pode ser restrita à entrega de documentos e definição de protocolos, é fundamental considerar o trabalho com foco em soluções que facilitam o trabalho e o fluxo de processos das equipes envolvidas, contribuindo para sua eficiência, melhoria constante e maior retorno para os negócios.
Em uma área relativamente nova e com importância em expansão na Wildlife, a demanda por UX designers tende a crescer. Renata adianta que o perfil para somar ao time é de pessoas participativas, que buscam crescer em conjunto, por meio da colaboração.
“Acima de tudo, buscamos quem queira trazer referências, técnicas e conhecimentos novos. Aqui temos um espaço seguro para falarmos e sermos ouvidos”.
A líder também reforça os compromisso com as metas de diversidade na composição dos times da Wildlife: “Estamos fazendo nosso trabalho para atrair mais mulheres, pessoas pretas e LGBTQIA+, entre outras que têm muito a contribuir com o universo dos jogos mobile. Queremos preencher nossas posições com profissionais das mais diferentes origens e com fome de aprender”, destaca. Inclusive, ela destaca que a empresa está com uma vaga afirmativa de UX Designer apenas para mulheres e que as interessadas podem conferir mais detalhes no seção de carreiras da Wildlife.